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Diário Andy Scr'per

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Mensagem por Andy Scr'per Fluin 30.09.14 20:35

I Don't Know
Tagged: Alone? Wearing:This! Notes: Nope! Thank you Lari @ CG


Perdi muitas de minhas memórias, entretanto existe uma que jamais sairá de minha mente, mesmo que muito tempo tenha se passado, aquele dia continua tão claro quanto ontem. Primeiramente eu sou um Q'ren, nós nascemos do acumulo de energia Fleu, ou nuclear, como é chamada na Terra. De onde eu vim, é algo natural, plantas, animais, basicamente tudo emite Fleu, quando alguma coisa morre, toda a energia restante naquele corpo é expelida, essa energia fica vagando pelo planeta, atraindo cada vez mais, até que tenha energia o suficiente para se alojar no solo, como um parasita, essa energia começa reunindo material de tudo em volta, até ter material o suficiente para crescer e formar uma nova forma de vida.

"Um Q'ren é uma vida reciclada de varias mortes" este é um pensamento comum aqui, todo Q'ren nasce com suas próprias características, conhecemos o idioma mesmo no primeiro dia de vida, variamos em idade aparente, e envelhecemos no ritmo normal, ao nascer, toda a nossa vida é programada, o sistema nos protege, evitando qualquer tipo de variação social, desordem, garantindo o futuro.

Praia Fluin; Sul da Capital

Me lembro de ter ouvido o barulho de vidro quebrando, senti um impacto, havia sons de água, vento forte, pude ouvir alguém falando, depois alumas outras pessoas chegara, estava tudo tão escuro, minha mente estava confusa, havia momentos que não me lembro de nada, senti alguém me levantar e me carregar, o barulho de água se distanciar, outras vozes chegaram, galhos quebrando, e depois passos em um piso de metal, lentamente minha mente clareou, pude ouvir algumas coisas, embora essa parte ainda esteja distante em minha mente, ouvi muitas pessoas falando e estava me aproximando deste lugar, havia vozes, discutindo, senti quando minhas costas foram encostadas naquela parede fria, não entendi o que estava acontecendo, mas logo ouvi as vozes silenciarem, e a voz de uma mulher começou a falar.

-Hoje, nasceram um total de 65 Q'ren, o numero mais alto nos últimos 11 anos, os seus papeis para a sociedade serão decididos agora, iremos separar vocês, os com aparência mais jovem irão para adoção, aqueles com aparência adulta irão ser encaminhados para a sala de controle, vocês responderão os testes e serão instruídos cada um para uma profissão, lhe será dada uma residência e com o tempo você pode ascender socialmente, os defeituosos fiquem na sala.

Logo ouvi passos, um pequeno movimento e aos poucos foi ficando silencioso, eu estava esperando, paciente e um pouco nervoso, quando uma mulher veio falar comigo, a voz dela era a mesma de antes, esta tinha um leve cheiro, não conseguia saber exatamente o que era, logo, falou para mim.

-Pode me ouvir?

Sua voz agora era um pouco doce, diferente da voz firme que antes havia direcionado aos outros.

-Sim...

Falei de forma simples, acenando um pouco com a cabeça.

-Consegue sentir?

Não sabia do que ela estava falando, por isso respondi com sinceridade.

-Não...

Ouvi ela suspirar e logo, falou para os outros um pouco baixo por isso não consegui ouvir com clareza.

-Você passará para a Scr'per, você foi o único dentre os 65 especial, a Scr'per tem como missão ajudar aos outros, é uma tarefa pouco nobre, mas você fará um serviço indispensável para nossa sociedade.

Senti um alivio, pois eu queria ajudar os outros, eu queria ser útil, aquelas palavras me consolaram, logo senti alguém me levantar e me levar dali, senti cheio de óleo, metal derretido, fumaça, era um pouco mais quente que lá fora, logo que cheguei me levaram até algum lugar, ouvi barulho de metal, e logo uma mudança no ar.

-Aqui é sua casa, você terá alguém para te acompanhar até o trabalho, e depois trazer de volta.

A voz daquele homem não me era desconhecida, mesmo assim ouvi o mesmo sair abrindo uma porta metálica, estava sentado em um lugar, passei as mãos ao redor e logo percebi o conforto, me deitei encostando a cabeça, e assim foi o primeiro dia da minha vida.

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Mensagem por Andy Scr'per Fluin 10.10.14 23:12

Duas Almas 1/3
Tagged: Many People Wearing: This! Notes: Nope! Thank you Lari @ CG
 Quase seis meses de memorias perdidas, era estranho alcançar essas memorias, entretanto eu precisava lembrar, era como ter um sonho estranho, eu não entendia minhas próprias ações, a memoria mais próxima de meu nascimento é daquela manhã, quase como qualquer outro dia normal, ouvia o som do grande gerador ligando, avisando a todos que amanheceu e a capital havia acordado, uma grande cidade construída logo acima de nossas cabeças, o gerador era ligado durante a manhã para absorver a energia dos que moram na Scr'per, a energia liga todos os aparelhos na capital, minha rotina começa ali, levantando para sentar em minha cadeira, uma cadeira de rodas, feita por um de meu colega de trabalho, eu não lembro dele, e isso era estranho, ela era projetada para me carregar pelos lugares, já que minhas pernas eram basicamente inúteis, eu escovo meus dentes, de alguma forma eu sabia o caminho saindo de casa até onde ficava "A Esteira", maquinas quebradas, ou antigas, que passam por ali, vem todas da capital, meu dever é desmontar a maquina, separando as peças uteis, das inúteis, jogar o exterior do metal para ser derretido, e as peças uteis deixar na pilha de transporte, as peças inúteis deixamos no chão mesmo, ou jogamos em qualquer outro lugar, pois poderiam ser utilizadas pelos moradores.
Para enxergar as peças, eu uso minha energia, quase como os morcegos da terra fazem, a energia me da uma visão-tato, de toda a parte que ela atinge, aquele era meu jeito de fazer as coisas, logo meu trabalho terminava, eu tinha aprendido a criar maquinas depois de desmontar tantas eu aprendi a "ver" como elas funcionavam, voltando para casa, tinha algumas pessoas esperadno por mim, se é que podia chama-los de pessoas, a primeira era Ma, antes era um alarme quebrado, eu adapitei sua reprodução e instalei uma inteligencia artificial, modifiquei um pouco para que tivesse mobilidade, o outro era o Ti, um antigo visor protrátil, dei braços e pernas para os dois, entretanto o Ti, tinha um pequeno defeito na reprodução de áudio, geralmente falhava, ambos eram pequenos, mas não me deixavam sozinho, abrindo a porta logo falei.

-Voltei...

"Querido, ele voltou para casa, para de carregar essa bateria e ajude-me a pegar a colhei ali em cima, a sopa está pronta."

A voz feminina da Ma estava na programação original por isso eu deixei como estava.

"Shh-Eu estou-Shh-quase pronto"

-Ma, eu vou para a mesa, não precisa incomodar o Ti.

Disse pegando a colher e deixando na bancada, era apenas uma placa de metal que eu havia improvisado, enquanto eu tomava a sopa, Ti e Ma estavam limpando a casa, estava um pouco silencioso, quando ouvi vozes que vinham lá de fora, eram crianças brincando e rindo, podia ouvir seus passos, foi quando eu falei um pouco triste.

-Eu queria poder brincar com os outros lá fora.

"Shh-Você ainda vai me provocar um-Shh-curto falando essas coisas-Shh-já disse para não pensar nisso."

"Querido, eu entendo o que ele quer dizer, mas não podemos fazer nada, é normal que ele se sinta sozinho.

Falou Ma.

"Shh-Viu? agora a Ma ficou triste também-Shh-você esta bom do jeito que está-Shh-não adianta reclamar."

-Tem razão, nada vai mudar.

Falei empurrando o prato vazio de sopa para frente e movendo minha cadeira em direção á mesa, me apoiei na cama e sai de cima da cadeira sentando na cama, me cobri e falei.

-Podem desligar, eu já estou muito cansado, aproveitem para carregar um pouco.

Falei apoiando minha cabeça sobre o travesseiro duro e segurando as cobertas com força, dormi apenas uma noite sem sonhos, como acontecia com frequência, e assim como todos os dias acordei novamente para minha rotina, no caminho parei pegar algumas peças que poderia usar em um projeto para aprimorar a Ma e o Ti, voltando para casa eles mais uma vez me receberam, entretanto havia uma pequena agitação neles.

"Ti nós temos que mostrar para ele, você teve tanto trabalho para se comunicar com aquele projetor..."

-O que está acontecendo?

Falei com eles, e logo depois de um silêncio Ti me responde.

"Eu falei com um Projetor dimensional-Shh- usei o meu sistema-Shh- de comunicação que você consertou-Shh- ele me mostrou como funciona e -Shh- é possivel te mandar para outra dimensão-Shh-usando ele"

"Em outra dimensão meu garoto, você tomará o corpo de uma versão sua, de uma dimensão paralela, e com isso todos os seus pequenos "defeitos" serão consertados lá, e você poderá ser feliz, finalmente."

A ideia me pareceu tão fantástica, inesperada e quase uma esperança, Ti naquela mesma noite me mostrou o interior do Projetor Dimensional, entretanto precisaríamos modificar ele, pois o original apenas nos mostrava imagens de outro mundo aleatoriamente, o meu projeto deveria ser capaz de me mandar minha mente para lá, usando todas as minhas peças disponíveis eu criava em uma forma de capacete, pareciam apenas horas, entretanto eu passei quatro dias sem comer, dormir, ou faz qualquer outra coisa além de trabalhar naquele projeto, Ti e Ma me alertavam do tempo que eu havia passado, mas eu sempre queria continuar, até que do quarto dia, eu terminei, e mais uma vez eu tinha medo, eu não sabia o que esperar do outro lado, Ti e Ma falam comigo.
"Vamos, meu garoto, trabalhamos tanto, você só precisa colocar e ligar.

-Vejo vocês depois, eu prometo.

Colocando o capacete, eu relaxei minha mente, não sabia o que esperar, ter minha visão, poder antar, eu não conseguia nem mesmo imaginar como seria, meu coração batia, mas eu não sentia nada diferente, duvidava que realmente havia funcionado, foi quando eu abri meus olhos, havia uma luz, assim como todo Q'ren, eu tinha o vocabulário em minha mente, embora nunca tenha visto nada pessoalmente, quando abri meus olhos, havia um grande quarto circular, era feito de pedra, havia uma cama grande com cortinas, cores escuras, quase tudo era vinho, preto, tons de cinza, entretanto ainda não sentia minhas pernas, olhei para baixo e eu não estava tocando o chão, flutuando alguns centímetros com minhas pernas erguidas no ar, minha imagem era um pouco espectral, voei pelo quarto com os olhos abertos, quando olhei para a parede e voei em sua direção, logo batendo nela e sendo jogado de volta.

"Distanciamento limite atingido"

Distanciamento do que? pensei, logo que as cobertas começaram a se mexer, me aproximei olhando para alguém que aparecia enquanto as cobertas caiam em seu colo, era um garoto, seu cabelo era escuro e seus olhos roxos, pele branca, olhamos um para o outro por um momento quando ele começa a gritar, me distanciei pelo susto, e logo começei a gritar junto com ele, que apontava freneticamente para mim.

-Vo-você... vo-você, eu morri?

-Como é?

Falou o garoto sem fazer sentido, apenas olhei confuso e logo ele aponta para o espelho logo ao lado da cama, quando olhei parecia que minha mente estava brincando comigo ou algo assim, a imagem do garoto era exatamente igual á mim, ele levanta e anda até o espelho, parei olhando para ele logo ao seu lado, meus olhos eram azuis e os do garoto roxo, essa era nossa unica diferença, altura, cabelo, tudo era exatamente igual, ele toca o espelho e fala.

-Eu não estou acordado... não... eu vou para a cama.

Falou ele voltando para a cama literalmente.

-Espera, eu não sou daqui, eu sou de outra dimensão, eu estou aqui de verdade.

-Um outro eu, de outro mundo?

Falou ele voltando e tocando na minha imagem no espelho.

-Como um mundo espelhado?

-É, é isso mesmo.

Falei para ele que parecia não acreditar, ele sorri para mim e logo fala.

-Isso nos faz irmãos, não?

Falou ele, eu estava ainda mais surpreso que ele, como ele podia acreditar nisso tão facilmente? a resposta estava logo em sua proxima ação.

-Você usou magia para chegar aqui?

Falou ele mostrando a mão que logo apareceu uma esfera de energia, olhei para ele e falei.

-Não, usei uma maquina, eu mesmo que fiz...

Aquela conversa durou muitas horas, parecia voar o tempo, o dispositivo deveria ter colocado minha mente no corpo daquele garoto, isso teria destruído ele no processo, eu estava até feliz, pois agora eu tinha um amigo, ele pensava exatamente como eu, sorria da mesma forma que eu sorria, pelas mesma coisas, eu estava preso aquele garoto, pois não podia me distanciar do meu "eu" desse outro mundo, depois de conversar tanto ele me diz que seu nome é Leny, a conversa se tornou profunda, pois eu percebi que ele parecia tão carente quanto eu, ele queria um amigo tanto quanto eu queria, e logo me explica.

-É uma pena que você está preso a mim, não posso sair dessa torre, estou aqui faz quatro anos, eles me trazem comida, mas nunca me deixam sair.

Falou ele olhando para baixo.

-É bom ter alguém aqui...

-Nenhum de nós precisa mais ficar sozinho.

Falei e nós sorrimos ao mesmo tempo, era estranho, Leny me explica sobre a magia, que podia criar coisas do nada, quebrar as leis da realidade, mas que existiam pessoas que faziam coisas ruins com a magia, até onde entendi as maquinas podiam fazer a mesma coisa, tinha o poder de criar qualquer coisa, mas quando pessoas erradas as usam, elas causavam destruição.

-Eu entendo Leny...

Falei com o sorriso desabando.

"Sistema aquecendo rapidamente"

Apareceu uma pequena mensagem no ar, que durou apenas algus segundos.

-Eu tenho que ir...

Falei um pouco triste.

-Mas voltarei, você vai me esperar?

Logo me respondendo, o garoto se colocou na frente do espelho e disse.

-Eu estarei aqui.

Antes de poder responder o sistema desligou, tudo começou a ficar escuro, senti meu corpo cair até que em um choque levantei da cama, peguei o capacete e começei a trabalhar no defeito do aquecimento, enquanto contava para Ma e Ti sobre tudo que aconteceu.




Nota do Diário:
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Mensagem por Andy Scr'per Fluin 25.10.14 23:11

Duas Almas 2/3
Tagged: Many People Wearing: [url=Nothing[/color]]Nothing[/color][/url] Notes: Nope! Thank you Lari @ CG

Estava de volta, ao acordar com um um choque no corpo, esta tão desesperado para voltar, levantei em jogando em minha cadeira, e fui para a mesa com as peças resolver o problema do capacete, eu queria voltar, aquela vontade me deu forças para trabalhar sem nem mesmo ver o tempo passar, Ma continuava fazendo perguntas, eu respondia aquelas que conseguia enquanto tateava as peças na mesa, pouco a pouco consegui resolver o problema, trocando o capacitor por um de metal de alta resistência, passei mais algum tempo ajustando o aparelho, aquilo me permitiria um pouco mais de interação com aquele mundo, as alterações demoraram mais do que o esperado pois já estava amanhecendo, por isso começei minha rotina diária, penteei o cabelo, escondi minhas maquinas e fui trabalhar como todos os dias, mas agora as horas pareciam estender, até finalmente poder voltar para lá, agora eu tinha alguém realmente me esperando, meu coração batia enquanto trabalhava, finalmente desligaram o gerador, as maquinas pararam de passar em minha frente, dei a volta com a cadeira e voltei para casa, o mais rápido que pude abri a porta comi alguma coisa, e me joguei sobre a cama colocando o capacete novamente, sorria enquanto colocava ele novamente, liguei o aparelho enquanto adormecia, meu corpo parecia distante e logo uma onda atingiu meu corpo, quando abri meus olhos dessa vez estava vendo novamente, o mesmo quarto, as paredes de pedra, e nas coberta alguém muito esperado estava ali olhando para mim sentado na cama.

-Demorou bastante, mas isso me deu tempo de pensar no que vamos fazer.

O garoto levantou da cama em um pulo e correu até um móvel coberto por um tecido branco, ele puxo o tecido mostrando algo totalmente desconhecido, era como uma caixa de madeira, com algumas teclas brancas e pretas, puxou uma cadeira e se sentou em frente aquele objeto, aparentemente ele realmente havia planejado algo, se virou para mim que pairava no ar com um rosto intrigado olhando para aquele objeto.

-Nunca viu um piano?

Perguntou Leny com o rosto incrédulo.

-O nome disso é piano?

Falei concordando com ele.

-Eu vou te mostrar o que ele faz, se chama musica, acho que isso você sabe o que é.

Esticando os braços ele começou a tocar aquela Melodia , que emitiam sons, eu tinha uma ideia sobre musica, mas aquilo era completamente diferente de qualquer coisa que eu já ouvi, era tão suave, de certa forma confortava meu coração, olhava para os dedos do garoto tocando a musica.

-Você tem que aprender a aproveitar a musica.

Falou ele levantando do piano, com um aceno do garoto, as teclas brilharam em uma cor roxa e continuaram a tocar sozinhas, ele se colocou no meio do quarto e estendeu os braços olhando para cima.

-Você precisa fechar os olhos e sentir a musica.

Fiquei na mesma posição dele, sem perceber a musica me levou a girar no ar, eu estava rindo, assim como ele, girava no ar com os olhos fechados e a musica tocando, até que ela foi lentamente parando, olhei para ele com um sorriso no rosto e logo que ele sentou novamente disse.

-Você me mostrou como é a musica por aqui, agora é minha vez de mostrar como se faz no "meu" mundo.

Uma das primeiras modificações que eu fiz foi meu C.C "CyberComander", que me permitia criar maquinas energéticas, não eram reais, caso toque alguma coisa atravessará assim como eu, era como uma tela com varias letras e dígitos diferentes, digitei um dos comandou que transformou a tela em um reprodutor de som, que emite ondas para vibrar o ar nos tons desejados, era hora de mostrar como era a musica que eu conhecia, a Batida começou, no começo ele parecia tentar descobrir como sentir aquela musica, logo, usando o mesmo teclado, apaguei a sensação da luz no quarto deixando ele escuro e coloquei um jogo de luzes coloridas, que passavam como raios pelo lugar, logo desci até ele onde a musica ainda estava tocando pelo player automático, olhei para ele e logo disse.

-É assim que se sente a musica, fecha os olhos e se mexe.

Falei levantando os braços e pulando, mesmo sem tocar no chão, agora sim parece que Leny estava animado, a batida contagiante fez ele pulando e gritar como louco assim como eu fiz, pulavamos pelo quarto, agora cheio de alegria as luzes coloridas que passavam por ali como raios vivos deixavam tudo mais animado, a musica acabou e logo desliguei as luzes, Leny olhou para mim sorrindo e falou.

-Eu adorei, aquilo deixa qualquer um animado!

Falou ele quase gritando.

-E eu nunca senti algo como a sua, ela tão bonita.

Falei fechando os olhos lembrando da melodia.

Deixando no chão Leny olhava para cima, seu sorriso estava aberto e aos poucos fechava, ele olhava para mim que estava logo ao lado, pouco centímetros no ar.

-Eu preciso te mostrar uma coisa... eu quero que você veja meu mundo.

Falou ele indo até a janela, puxando a corda as cortinas se abriram, mostrando uma terra seca, o céu coberto por nuvens negras, raios caindo por todos os lados, plantas mortas, era algo tão deprimente, logo ele solta a corda e as cortinas se fecham novamente, se virando para trás ele fala em tom sério.

-Ele não era assim, antes era um lugar muito pacifico e bonito, mas isso foi antes; eu vou te contar minha história Andy...

Falou ele fazendo um desenho com as mãos, o quarto se transformou em um lugar inteiramente escuro, logo parecia com uma sala gigante, com dos tronos logo atrás de uma grande vitral, havia duas pessoas sentadas no meio daquela sala, e uma criança com cabelos e olhos roxo igual ao Leny.

-Essas são minhas memórias, meus pais são os antigos reis deste lugar, minha mãe Elena, ela era gentil e bondosa, e meu pai Harir, o rei mais justo de todos os reinos, eles eram gentis, e nunca negaram ajudar nenhum dos reinos vizinhos, mas a paz não podia durar para sempre, muitos dos reinos declararam guerra entre si, eventualmente acabamos nos envolvendo nessa disputa.

O cenário mudou, apenas a rainha sentava no trono agora, e alguém chega até ela lhe entregando uma carta, logo ela manda Leny sair dali os gritos, logo o garoto continua.

-Sempre existem consequências aos se começar uma guerra, naquela guerra eu perdi meu pai, e aos poucos perdi minha mãe... veja Andy, a magia é concedida a poucas pessoas aqui, de minha família inteira apenas eu e minha mãe tínhamos esse dom.

O cenário mudou novamente para o garoto, descendo escadas em um lugar escuro, e olhando pela fechadura de uma porta de madeira.

-Minha mãe decidiu que acabaria com a guerra, e que por tudo conseguiria poder para trazer meu pai de volta, o poder a deixou forte, isso de fato, mas ela perdeu tudo o que tinha.

Agora era o exterior do castelo, as nuvens se espalhavam enquanto Elena se aproximava do castelo, com um exercito gigantesco seguindo-a.

-Ela se tornou rainha de todos os reinos, controlando a mente de qualquer coisa viva desse mundo, e não havia ninguém para detê-la, todos os outros magos desse mundo tentaram se opor e ela destruiu todos eles, um por um, mas ela guardou um destino bem pior para um deles.

Agora, Leny subia as escadas de um corredor de pedra, Elena seguia ele logo atrás segurando uma tocha, ela trancou o garoto e depois desapareceu.

-Ela construiu esse lugar, enquanto eu estiver aqui, ela vai extrair minha magia aos poucos para se manter viva para sempre, ela trancou esse lugar para que ninguém sair daqui usando magia, mesmo sem magia, eu não posso quebrar paredes de pedra, ou abrir uma porta de ferro, então minha unica escolha é ficar aqui...

Enquanto o lugar voltava ao normal Leny agora parecia deprimido, ele olhou para baixo e logo tentei anima-lo.

-Sabe, você teve pais que te amaram, se alguma coisa está controlando sua mãe, isso não quer dizer que ela não te ama, olha para mim, eu nunca tive ninguém para me amar desde o inicio.

Ele logo olhava para mim.

-Somos patéticos, não é?

Falou ele quase chorando.

-Sim, somos, mas estamos juntos, então não é tão ruim.

-Talvez...

Respondeu ele tentando sorrir; depois daquele momento eu estava para sair, quando Leny me fez prometer que voltaria, e eu prometi que não demoraria dessa vez, depois de desligar o capacete, me encolhi na cama, pensando em como o Leny deve ter sofrido naquele tempo que ficou ali sozinho, aqueles pensamentos me fizeram adormecer.




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