Doomwar - Capitulo 2 - Um Mago em New York

Magia não é um truque para enganar os olhos. É uma energia presente em tudo neste mundo.

O vento suave sacudia meus cabelos e as mãos leves, feitas de brisas, puxavam meu corpo e minhas roupas para trás como mãos que teimavam em me deixar saltar para o desconhecido e não, não era a morte e sim realmente o desconhecido. Deslizei meus dedos para a esquerda e ali encontrei meu pequeno cubo mágico, presente por ter passado no teste de aprendiz mas ainda continuar como um mero aprendiz. Neguei com a cabeça enquanto meus reflexos faziam meus dedos girarem o cubo mágico enquanto minha mente vagava com as notícias que eu recebia através daquele radinho de pilha posto do meu lado.

Então Victor Von Doom finalmente tomou aquele país também, não é mesmo? Se sim, Victor Von Doom devia ter em mãos uma "nação" muito forte de mutantes ou simplesmente de rebeldes capazes de mata-lo mas aqui está o pequeno ponto x da questão... O que eu sou nesta estatistica? Me peguei pensando nisso enquanto girava o cubo em uma velocidade um pouco mais acima que meu comum e isso ocorre quando minha mente está complemente fora da realidade e presa aqui, dentro de meus cálculos e estudos. Vamos começar. Meu nome é Nevermore, sou um mago - ou melhor, aprendiz de mago. - e atualmente estou preso em uma situação em que tudo que posso fazer é resistir ou lutar. Sim, há possibilidades de lutar mas não sou capaz de vencer e arriscar minha vida é uma aposta um tanto... inútil. Se pelo menos Kho'zah estivesse aqui para me ajudar, isso talvez, somente talvez, pudesse ter um destino melhor. Nesse pequeno devaneio o cubo escapuliu de meus dedos e fui ágil para utilizar minha magia de mãos mágicas, ou telecinésia, para puxar de novo o cubo para minha mão a tempo de ver os rôbos do Doom subirem devagar o prédio. Bem, era uma vez liberdade... Murmurei pouco antes dos robores chegarem e cruzei os braços a frente do corpo para verem que não pretendia atacar. O cubo estava novamente onde deveria estar, amarrado ao meu cinto como um pequeno (grande) chaveiro para um certo mago e então me abaixei só para pegar meu cachimbo. Eu vou com o Von Doom. Onde está o contrato e caneta para eu assinar? Perguntei por que é necessário um pouco de humor quando se está muito perto da morte.

Magia não é um truque para enganar os olhos. É uma energia presente em tudo neste mundo.

Cercado e, pelo visto, irreconhecível para os robôs mas eu não os culparia pois quando fui embora com Kho'zah e sua esposa eu ainda era uma criança e não tinha meus documentos... Apenas certidão de nascimento. Sou Nevermore, um mago recém chegado em Nova Iorque... Avise isso a Von Doom, por favor. Então dei um passo para frente para estudar melhor o robô e o conjunto que o formava, nada de impressionante pois eu não era um ferreiro, mecânico ou ser que entende de fios e eletricidade/tecnologia para desmontar a máquina num estalar de dedos. Quando recuei ele falou algo sobre meu cubo mágico e na mesma hora olhei para os dois robôs e suspirei. Estou me entregando e ainda sim precisarei entregar meu cubo? Não, isso não. Entregarei, sim, mas apenas na presença do próprio Von Doom. Então me afastei dos robôs para ter uma visão melhor dos dois e pra ter mais chances de correr... Né? Mas levando bem em consideração, eu não tinha bem para onde correr. Não era um lugar aberto, com vários pontos para me esconder e atacar as máquinas na calada... Sendo assim, era melhor desistir e tentar vencer nas palavras. Pensando bem! Comecei, chamando a atenção do robô enquanto tirava o cubo do meu cinto e suspirava. Eu te deixo ficar com o cubo desde que possa invocar o meu familiar... Sem você o matarem, pode ser? Então joguei o cubo para frente e dele saiu um pequeno corvo com uma espécie de chapéu em sua cabeça e eu ri quando ele saiu, peguei o cubo e estendi para frente, para os robôs. Temos um trato?